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1 de mai. de 2009

Após 5 anos, ampliação da UE ainda expõe diferenças


Em 1º de maio de 2004, a União Européia sofria a sua maior ampliação da história. A UE, então com 15 países-membros, passava a contar com 25. A mudança provocou transformações em todos os níveis, desde a mudança do perfil da produção regional até a necessidade de tradutores para adaptar documentos e textos para o idioma dos novos membros. Os últimos cinco anos não foram suficientes para resolver as diferenças. Hoje com 27 países-membros, a UE ainda sofre com os desequilíbrios causados pela grande ampliação de 2004.

Os novos membros da EU, países do leste europeu, possuem um nível de desenvolvimento bem diferente dos antigos membros, isso intensifica o fluxo de migrações para os países mais desenvolvidos do bloco, já que a livre circulação de pessoas é permitida.

Os países integrados em 2004 vêm cumprindo uma agenda gradual de ampliação de sua participação na UE. A premissa da UE é a livre circulação de capital, mercadorias, serviços e pessoas. "Na prática, isso significa que, por exemplo, um alemão pode se instalar em Londres. No entanto, esse direito ainda não foi estendido para os cidadãos dos novos países-membros",diz Franklin Trein, cientista político e professor da UFRJ.

A UE também ganhou uma proporção maior de população rural. Acrescente-se a isso as diferenças culturais entre países ocidentais capitalistas e os novos membros com um histórico socialista (os países do leste europeu foram aliados da URSS durante a Guerra Fria).

Devido a todos esses ingredientes, os cinco anos da UE ampliada parecem pouco para desfazer as diferenças. "O processo de ampliação foi complicado e não se concluiu até hoje. Talvez seja preciso mais dez anos para a UE encontrar o seu equilíbrio", diz Trein.


Para saber mais:
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/uniao_europeia/index.html
15 perguntas e respostas sobre a UE:
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/uniao-europeia/ue-comissao-europeia-euro-bloco-constituicao-tratado.shtml

2 comentários:

Felipe disse...

Tendo em vista o desequilíbrio causado pela ampliação da UE, qual é a necessidade, dos paises integrantes atualmente, negociarem a entrada de mais dois países?

raffa_saloes disse...

Esses novos países da Europa Oriental que entraram, são também chamados de países da Europa pobre, já que a renda per capita é menos da metade dos antigos embros. Porém se desenvolvem a passos largos.
Àlém do mais é vantajoso para os membros ocidentais uqe terão novos mercados consumidores e produtores de gêneros agrícolas especialmente a tarifas mais baixas, ou nulas.
A proposta do bloco é a de ser um bloco continental e um dos requisitos para fazer parte é "ser europeu". Porém em que sentido? Fica a dúvida. O bloco se desenvolve a passos largos e as vezes parece estar indo rápido de mais.
Em um dos links que postei ai tem um acontecimento onde a França e Holanda rejeitaram a Constituição que seria criada para o bloco (só pode ser aprovada se todos aceitarem, unanimidade). A constituição virá, mas esses dois países acham que tem que ser com calma, e mais elaborada.